Bonga e avó matilde

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sábado, 2 de abril de 2011

A encruzilhada

"A antropologia não resolve problema nenhum, apenas levanta problemas!" E isso é pouco?? Senão levantarmos problemas e questões...como poderemos sequer tentar resolvê-los ou responder-lhes?

Creio que ouvi esta frase magnífica a Benjamim Pereira num seminário.

sexta-feira, 14 de maio de 2010


Oi Matilde, dei por mim a chamar o teu nome à Shai umas três vezes hoje. Dizem que aquilo que nos distingue dos restantes animais é a capacidade de representar as coisas, ou seja, de atribuir o significado simbólico aos acontecimentos, mediante objectos, rituais, palavras, etc. Senti isso quando partiste, necessidade de simbolizar que não foi em vão, que tinhas importância e quem te a atribuísse. O vazio instalou-se...estranho para alguns que isso suceda com um cão, para mim não, a verdade é que no teu jeito rafeiro e até meio pedinchas de ser te tornaste, para além de uma companhia, alguém que já fazia parte da mobília, alguém que eu eternizei no meu coração e que ilusoriamente julgava imortal. Agora partiste, ficaram os teus objectos, alguns que provavelmente dispensarias: a trela e a coleira e outro que enquanto tinhas saúde te fazia eriçar o pelo, o teu comedouro...aquele que te comprei há não mais que um mês. Soube também hoje que tinhas Leishemanioese, não chegou a matar-te, mas debilitou-te e ajudou. Sabias que cerca de um terço dos cães em Portugal têm essa doença sem estarem sinalizados? Pois é...Portugal é do pior para esse insecto que vos transporta a doença, na Europa pior só a Itália. É assim Matilde...tu partiste, eu já sei disso...mas ainda existe aquela sensação tão forte de te ver aparecer na cozinha para cuscar, no quarto para dormir após vigorosa sacudidela dorsal que para o fim quase te fazia cair ou na sala para apanhar o sol que entrava pela janela. Sinto saudades tuas.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Matilde

Partiste Matilde...dia 12 de Maio. A tua saúde vinha~se deteriorando desde o teu AVC em Dezembro de 2009, ainda assim tudo fizemos para respeitar a tua vontade de te manteres entre nós.Foste uma cadela adorável, rafeira humilde, mas simultaneamente teimosa e perserverante. Ficou um vazio aqui, o cobertor de vocês os três está mais vazio, não pelo teu tamanho concerteza. Após as dificuldades que vinhas passando de forma corajosa, as convulsões que tiveste na noite do dia 11 foram muito violentas, para ti e para mim, para todos nós que gostamos de ti. A tua ida para o hospital escondia uma esperança tímida, quase impossível de se concretizar, mas por isso mesmo era uma esperança. Não obstante, os teus quase 16 anos traíram a tua vontade férrea de estar o mais junto possível de todos nós. Fui-te ver à hora do almoço, sentia a despedida...eu conheço-te bem e sabia que algo mais forte que nós se fazia agora anunciar de forma brutal e inequívoca, algo que estava disposto a mostrar-te de forma cruel que era mais forte que a tua vontade. Vi-te, acariciei-te, não consegui ficar muito tempo...já tinhas entretanto tido mais episódios convulsivos. Saí sabendo o que se ia passar à noite, a esperança impossível tinha morrido e com ela começavas tu também a deixar-nos. Voltei à noite...os episódios continuavam, tiveste mais um nos meus braços. Tomaste mais relaxantes através do soro que te alimentava, não quiseste os grãos de ração que te levei. Era inadiável, não podias sofrer mais. Hoje o vazio é maior. Não sei se sabias a tua importância e valor para nós, para mim...Hoje sinto a tua falta mais do que nunca. Aqui tu eras amada com a dignidade e respeito que nos merecias, com a reverência necessária perante a tua avançada idade. Espero que tenhas sentido a dignidade que procurei proporcionar-te na tua despedida. Aqui sentimos a tua falta.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O adeus tão eterno quanto a minha vida




Matilde, tens quase 16 anos de idade...muitos dos quais passaste comigo. Viste muita coisa acontecer na minha vida, acompanhaste muitas mudanças, maus humores, carinhos, objectivos atingidos e outros por atingir. Nesta hora não sabemos bem o que fazer e talvez façamos e digamos coisas estúpidas ou através de canais igualmente estúpidos, mas apetece-me escrever, que é como quem diz (passe o pleonasmo), dizer: que em breve vou sentir a tua falta, melhor...já a sinto porque não estás em casa, a tua saúde já não o permite. Matilde...estarás sempre comigo, desejo ter-te proporcionado tudo o que precisavas. Tu indubitavelmente deste-me tudo o que eu podia desejar. Obrigado.
Gostava que soubesses o quanto eu sinto tudo isto, quanto quis que estivesses bem e que estarás sempre comigo.

AMO-TE VELHA!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

sábado, 11 de abril de 2009

Pelos animais

Nutro uma grande admiração e respeito por todos os animais, acho inclusivé que os deviamos respeitar como iguais, atendendo às suas diferenças e não extingui-los quando constituem um obstáculo aos nossos objectivos que não olham a meios. Os cães são a minha paixão, qualquer raça ou não raça, mas elegi o rottweiler como bandeira de uma luta contra a prepotência humana. Comecei por um, agora tenho mais e como tal tive que procurar as melhores condições para os cuidar. Assim, apareceu a techni-cal (http://www.techni-cal.com/), uma excelente ração praemium, segundo os parâmetros da humangrade (utilização de alimentos com qualidade que pudesse ser usada na alimentação de humanos), conservada através de produtos naturais, logo não quimicos: vitamina E e C, bem como rosmaninho desidratado. Os ácidos quilatados prmitem a total absorção das substancias essenciais para a manutenção e preservação das células, por isso vou mostrar-lhes toda a gama, incluindo a de gatos. Para mais informações podem contactar-me para rottgoris_social@hotmail.com. Os valores mencionados já constavam dos folhetos que possuo, não têm qualquer valor informativo.






















































segunda-feira, 2 de março de 2009

nihil

Um dia normal, sem nada de especial...um dia perfeitamente anormal, tão anormal quanto é possível conceber a normalidade. Normal...não existe, anormal só acontece pela representação/imagem acústica do normal. Não existem, deles apenas resta a sua representação, a negociação do seu sentido social. De qualquer forma um dia estupidamente anormal, de tão normal que foi. As pirâmides do Egipto....sempre me fascinaram, não pela sua arquitectura, mas sim pelo mistério à sua volta...pelo fumo em seu redor. Fantástico como seres humanos, antes da invenção da roda e da roldana conseguiram fazer aquilo. AHHH! um pormenor...a crença e a religião sempre xistiram enquanto presdisposições humanas. Foi isso...quando o homem sonha, a obra nasce. O homem sonha...e colide com a angustiante realidade. Um silogismo: se o homem sonha, sonha o não real, logo sonho mais não real igual a religião:deus, deuses, olimpo, céu, terra, inferno. Um dia imperfeitamente normal.