Hoje...levantei-me, até aqui nada de especial...todos os dias o faço, independentemente de ser mais tarde ou mais cedo...acendi um cigarro e segui o fumo que ele libertava, entrelaçado na luminosidade solar, que timidamente entrava pelas frinchas do estore, ainda não completamente aberto. Aquele fumo...profundamente tóxico, a avaliar pelos escritos estampados em todos os maços que adquirimos, representou naquele momento a liberdade...no sentido de ausência de peso...ou da força da gravidade que incessantemente nos puxa para terra, quando o que queriamos era descolar. Seguindo-o...tembém eu passei pelas frinchas semi abertas dos estores, senti o meu corpo comprimir-se ao de leve para por lá poder passar...e depois o ar da rua...o sol das 10 pleno de vida e prazer...levou-me a um passado longínquo, que já não sei se vivi.Dele resta-me o cheiro primaveril das flores que despontam, que não sei se foi um sonho ou se constitui uma recordação...deixei-me levar...não meus amigos...não morri queimado na cama, antes que isso pudesse suceder, senti um leve ardor nos meus dedos...tinha chegado ao filtro. Esta viagem tinha acabado.
Bonga e avó matilde

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quarta-feira, 18 de abril de 2007
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1 comentário:
Pá e que tal deixares de fumar??
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